Dicas e boas práticas para a produção de arranjos e composições musicais

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Olá pessoal! Tudo bem?
Neste post, vou compartilhar algumas dicas e boas práticas para quem já trabalha ou pretende trabalhar na produção de arranjos musicais, ou para aqueles que querem produzir suas próprias composições.
Com a evolução tecnológica cada vez mais acelerada, os músicos estão se tornando proprietários de suas próprias obras musicais e dos processos envolvidos.

Hoje em dia, é muito fácil ter acesso a um timbre de sintetizador lendário, como um Moog ou um Yamaha CS80, no seu computador. No passado, isso era praticamente impossível para um home studio.
O preço desses equipamentos despencou drasticamente desde 1990, quando o investimento para montar um era de cerca de R$600 mil.
Agora, o custo é de aproximadamente R$10 mil ou menos, tornando o acesso mais acessível.

Antigamente, apenas engenheiros de áudio e profissionais que trabalhavam em grandes estúdios e gravadoras tinham acesso a esses equipamentos. Atualmente, qualquer pessoa pode ser um DJ com um software de remixagem.
Não há nada de errado nisso, mas é importante lembrar que ainda existem ouvintes e críticos extremamente exigentes que prezam pela qualidade das produções fonográficas e esperam ver um trabalho feito por um profissional experiente.

Para um compositor ou arranjador, é essencial ter um bom domínio da linguagem musical que sempre irá reger tudo isso.
Um produtor e arranjador tem um mercado muito promissor se o seu trabalho for realmente bom.
O compositor poderá emplacar com sua música, e o arranjo também é essencial nesse processo.

A primeira ideia de composição ou arranjo para uma música nasce das referências musicais que se ouve ao longo do tempo.
Para uma composição, devemos buscar inspiração nas coisas que mais gostamos ou que nos influenciam de alguma forma, como as características de um determinado estilo, as técnicas dos compositores e as convenções harmônicas.
Para arranjos, podemos nos inspirar nos elementos que ilustram da melhor forma possível a ideia que a música quer passar a alguém, observando cada detalhe com atenção para a tomada de decisões.

Para se tornar um arranjador ou compositor de sucesso, é fundamental ouvir muita música, com a mente aberta, sem preconceitos ou pessimismos.
Deve-se prestar atenção nos timbres, nos acordes e na disposição dos instrumentos para nos tornarmos realmente observadores.
É importante lembrar que existe uma quantidade enorme de música disponível, e se não estivermos dispostos a ouvi-la, nossas ideias de composição e arranjo serão limitadas.

As referências são essenciais para exercer a imaginação e a criatividade.
Quanto mais nos inspiramos em diferentes estilos musicais e técnicas de composição, mais amplo é nosso vocabulário musical.
Através das referências, podemos chegar a um ponto em que somos bons até mesmo no improviso.
Um exemplo disso é a pianista Nicole Pesce, que mistura música e humor em seus concertos e sabe mais de 12.000 músicas de cor. Ela é capaz de criar na hora arranjos inesperados e surpreendentes, veja só:

“Parabéns pra você” no melhor estilo Beethoven, Bach, Chopin, Brahms e Mozart

Viu como a imaginação pode nos tornar criativos?
E para inspirá-lo ainda mais, também deixo aqui uma super produção e um novo arranjo do Jacob Collier para a música “All Night Long” que ficou simplesmente genial e rendeu um Grammy Awards para o grande artista.
Trata-se de um músico britânico que chamou a atenção de grandes nomes da indústria da música, principalmente de Jazz.
A título de comparação e também conhecimento, deixo também a música original:

Música original
Música arranjada

No processo de composição e arranjo, é importante que o músico adicione sua própria personalidade e identidade na obra, mesmo que se inspire em outras músicas.
Contudo, é importante lembrar que a inspiração deve ser uma fonte de ideias, e não uma cópia abusiva de outros trabalhos.
Ao desenvolver a música, o compositor deve ter em mente os timbres que irá utilizar e como irá estruturar a peça. A medida que a obra evolui, novas ideias surgem e são incorporadas ao projeto.
É importante considerar as técnicas de produção disponíveis para criar um resultado final sonoro de qualidade.

Compor e arranjar requer paciência e disciplina, e muitas vezes é um processo demorado.
Quando trabalhando em um projeto de um cliente, o arranjador deve esperar que as características básicas da composição estejam definidas antes de começar a trabalhar.
Isso garante um investimento bem planejado e feito com cuidado.
Embora seja possível para um compositor fazer todo o trabalho sozinho, muitas pessoas podem não ter o domínio técnico necessário e estão dispostas a investir em bons profissionais.
Nesse sentido, é importante reconhecer o valor e a importância do trabalho do músico e remunerá-lo adequadamente.

Em resumo, o processo de composição e arranjo é complexo e requer muita habilidade e dedicação.
A inspiração é uma fonte de ideias, mas o músico deve adicionar sua própria personalidade na obra.
Ao final do processo, a música deve ter um som de qualidade, refletindo o talento e a habilidade do profissional.

Se você quiser ver como tudo isso funciona na prática, assista a essa live em que mostro a fase final da pré-produção de um arranjo, que foi entregue em seguida para um estúdio:

Fase final da pré-produção de um arranjo para cliente de estúdio

E assim, finalizo esse post.
Espero que seja de grande utilidade.
Agora, certamente você está animado para sua próxima composição ou arranjo!

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Sobre mim

Sou tecladista, pianista e graduado como produtor fonográfico pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), além de qualificado profissional em composição e arramjo e técnico em instrumento musical pela faculdades EST de São Leopoldo.

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